Entrevista: Zhang Qinzhe
Nascido na China, Zhang Qinzhe fala do que é ser «um guru do cinema» e revela o seu desejo em mudar o atual estado do cinema português. Hoje é o protagonista desta entrevista no SobreTudo.
1. Quem é o Zhang Qinzhe?
Sou um jovens chinês que veio para Portugal quando tinha 6 anos. Estudei em sítios como Aveiro, Reguengos de Monsaraz (Évora). Neste momento vivo em Coimbra e estou a tirar uma licenciatura no Instituto Superior Miguel Torga. Acho que, em poucas palavras, descrevia-me como «Criativo que gosta de partilhar a sua sabedoria e pretende deixar uma marca no mundo do audiovisual».
2. Como nasceu a sua paixão pelo audiovisual?
Bem, acho que a paixão por audiovisuais sempre esteve lá, apenas não tinha certeza. Quando tinha 14/15 anos, recebi um telemóvel com câmara e acho que foi aí que comecei a tirar fotografias. Depois mais tarde, quando entrei no ensino secundário, recebi uma câmara. Aí consegui fazer múltiplos projetos relacionados com a multimédia e aí soube o que eu realmente queria.
3. Encontra-se a estudar multimédia no Instituto Miguel Torga, em Coimbra. A multimédia será sempre o seu futuro?
Sim, espero que sim. Quero-me investir para a área de audiovisuais, cinema, quero mudar o cinema português, quero fazer com que as pessoas voltem para o cinema ver filmes portugueses, sendo ele bastante desvalorizado, por isso juntei-me ao festival Caminhos do Cinema Português, porque acho isso bastante importante para atingir aquilo que quero.
4. Foi diretor de fotografia da curta-metragem «Uma volta, pelo parque», realizada no ano passado. Fale-nos sobre este projeto.
Não foi só uma curta-metragem, foi uma longa-metragem. Apenas foram feitas duas edições do mesmo, uma curta e uma longa. O projeto é do Pedro Santos. Estive com o projeto desde a fase inicial que foi a criação do argumento. Tem uma premissa interessante, porque explora aquilo que nós damos valor e aquilo que não damos. A partir desde projeto pude aprender várias coisas sobre o cinema. Espero que haja mais projetos destes.
5. Pertence à direção de Centro de estudos Cinematográficos. Que trabalho desenvolve nesta secção cultural da Associação Académica de Coimbra?
No CEC, eu sou um editor de vídeos e também às vezes vou gravar eventos pela organização.
6. Considera-se «um guru do cinema». Porquê?
Bem, «um guru do cinema» tem muito que lhe se diga. Acho que deve-se ao facto de poder ensinar várias coisas às pessoas à minha volta sobre cinema, as suas características, o que um realizador faz, que câmara usar para cada situação. Sei direcionar as pessoas para aquilo que eles querem atingir relacionado com o vídeo e o cinema.
7. O Zhang é natural da China. Qual é a sua opinião sobre o cinema chinês?
O cinema chinês anda parado no tempo... os filmes são sempre sobre a mesma coisa.
8. Pretende fazer carreira no seu país natal ou vai manter-se em Portugal?
Eu não consigo prever o futuro mas eu quero, em primeiro lugar, atingir os meus objetivos, aqui em Portugal e depois avançar para fora.
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