«Topíssima» é a nova telenovela da RTP1 e gera polémica

Protagonizada por Camila Rodrigues e Felipe Cunha, «Topíssima» é a nova aposta da RTP1 para ocupar o horário do início das tardes de segunda a sexta-feira. A estreia está marcada para esta segunda-feira, 17 de julho, pelas 14h21, antes do programa «A Nossa Tarde», de Tânia Ribas de Oliveira.
A telenovela brasileira, exibida originalmente pela Record em 2019, conta a história de Sophia, uma poderosa e moderna executiva, que é obrigada pela mãe, a casar-se dentro de um ano para, assim, assumir a empresa da família. Inicialmente, a jovem fica irritada com a pressão para encontrar um marido. Mas tudo muda quando conhece o taxista António, um homem trabalhador e preocupado com os outros. Aos poucos, os dois vão aprender a conviver com as dificuldades de realidades tão distintas.
Da autoria de Cristianne Fridman, «Topíssima» conta com Cristiana Oliveira, Floriano Peixoto, Felipe Cardoso, Sílvia Pfeifer, Sidney Sampaio, Denise Del Vecchio, Rayanne Morais, Brenda Sabryna, entre outros nomes, no elenco principal.
Na sua crónica na revista Nova Gente, Nuno Azinheira afirmou que esta novidade «está a suscitar alguma polémica entre os "fãs" dos bastidores televisivos, pode causar alguma indignação numa certa elite, que se prepara para ir a banhos, mas, acredito, não é um caso para os espetadores habituais do daytime de serviço público».
O comentador do «Passadeira Vermelha» (SIC/SIC Caras) confirma que «Topíssima, uma novela da Record com 145 episódios, quebra uma promessa antiga de que a RTP deixaria de ter novelas, mas se a medida for isolada e não for a ponta de um arpão comercial que se prepara na Marechal Gomes da Costa, não vem mal ao mundo com ela».
«Apostar agora numa novela brasileira à hora de almoço não representa qualquer linha programática, apenas uma forma de tomar competitiva a grelha num horário difícil – e essa, parece-me, não é a vocação da RTP. Nos arquivos da estação há milhares de horas de ficção ou de humor, por exemplo, cujos direitos são da RTP, e que provavelmente seriam tão competitivos como a novela que está a chegar – As Lições do Tonecas, por exemplo, vêm-me logo à cabeça. É que este trunfo brasileiro não é uma coisa de verão: a não ser que a duração original dos episódios seja alterada, teremos novela por sete meses. Ou seja, até fevereiro», acrescentou.
«Para os espetadores clássicos, não há problema. Se a novela for fraca, vão optar pela concorrência. Se a trama for boa, vão aderir à oferta, sem grande questionamento crítico. E bem sabemos como a televisão, na maior parte dos casos, é o ópio do povo. E, convenhamos, não vem mal ao mundo por isso», finalizou Nuno Azinheira.

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