Felipa Garnel sobre Francisco Pinto Balsemão (1937-2025): «Partiu zangado comigo e eu com ele»

Felipa Garnel foi uma das inúmeras figuras públicas a reagir à triste notícia através das redes sociais: «A minha relação com Balsemão foi tumultuosa. Trabalhei com ele vários anos, foi ele que me escolheu, estava eu na RTP, para ser editora e mais tarde diretora da revista Caras. Não gostou quando saí da, à época, Abril/Controljornal, mas, como o meu caminho era a SIC, pela mão de [Emídio] Rangel, aceitou», começou por recordar.
«Conhecia-o de miúda, ele era primo direito de uma tia minha, mas nem por um segundo essa ‘proximidade familiar’ me beneficiou, no que quer que fosse. Pelo contrário...», garantiu. «Este texto não serve para ajustes de contas, muito menos para lamentos. É apenas uma constatação de que devemos ter a grandeza de nos libertarmos de quezílias em vida», acrescentou.
«Ontem, Balsemão partiu. Zangado comigo e eu com ele. Nunca pensei sentir-me triste com a sua morte. Mas senti. Muito. Talvez por saber que, apesar de tudo, haverá sempre, para quem trabalhou na comunicação em Portugal, um antes e um depois de Balsemão. Numa altura em que a comunicação social está ameaçada pelo mundo fora, Francisco Pinto Balsemão foi um farol de liberdade. De liberdade de expressão e de pensamento. Que essa sua luz continue a iluminar e a inspirar a imprensa em Portugal. À sua família, em especial à Tita, deixo aqui um beijo», rematou a ex-apresentadora de televisão e ex-diretora de programas da TVI.

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