Fátima Campos Ferreira: «Não fiz nem metade do que sinto que podia ter feito»

Fátima Campos Ferreira, de 65 anos de idade, é uma das mais conceituadas jornalistas portuguesas e atualmente está dedicada ao programa «Primeira Pessoa», às quartas-feiras na RTP1, para além de dar aulas de jornalismo na Universidade Lusófona.
Em entrevista recente à revista Boa Onda do Correio da Manhã, Fátima Campos Ferreira garantiu que não sonha com a reforma: «Quem gosta do que faz, estrutura a sua vida em torno da gratificação do trabalho. Sobretudo em casos como o meu - em que sinto que trabalho em prol dos outros, para o bem da sociedade».
«Se Deus me der saúde e tempo de vida, espero continuar a trabalhar até aos 70. Acredito que o trabalho é estruturante. Desde que a pessoa tenha saúde e faça o que gosta, deve trabalhar. E não deve haver impedimento - legal ou outro qualquer - para isso. Quanto mais idade temos mais sabemos e mais podemos render», acrescentou.
«Não fiz nem metade do que sinto que podia ter feito. Mas sempre com a preocupação de servir a sociedade. Contribuir. Um jornalista é um mediador e essa é a minha missão: ser mediadora e ajudar a que tudo o que nos rodeia possa ser facilitado e melhor articulado. Um dos grandes problemas do País é a falta de articulação entre instituições e pessoas», rematou.

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