Nuno Lopes acusado de violação nos EUA
A argumentista e realizadora norte-americana Anna Martemucci (cujo nome artístico é A. M. Lukas) deu entrada no tribunal federal de Brooklyn com um processo contra o ator português Nuno Lopes, na passada segunda-feira, 20 de novembro, acusando-o de a ter drogado e violado há 17 anos. De referir que a queixa surgiu três dias antes da prescrição para este tipo de casos.
De acordo com a acusação, a que o jornal Daily Mail teve acesso, Anna Martemucci encontrou Nuno Lopes no Tribeca Film Festival e, alegadamente, terá sido drogada por ele antes de a levar para o seu apartamento em Nova Iorque. Num determinado momento da noite, terá perdido a consciência e recorda-se apenas de pequenos fragmentos.
«Ela lembra-se de o senhor Lopes se ajoelhar à frente dela quando já era de manhã, agarrar nas pernas dela e enfiar o pénis nela; lembra-se de o senhor Lopes enfiar-lhe o pénis por trás; lembra-se de o senhor Lopes dizer 'este preservativo está a dar cabo de mim', enquanto o retirava do pénis flácido; lembra-se de o senhor Lopes se masturbar sobre o corpo nu e imóvel dela, talvez num esforço para conseguir ficar erecto; e lembra-se de tentar vestir-se e de o senhor Lopes lhe tirar a roupa. Finalmente, lembra-se de o senhor Lopes lhe chamar um táxi na manhã de 29 de abril de 2006», pode ler-se no processo, cita o site MAGG.
Nesse mesmo dia, A. M. Lukas terá ido ao hospital para fazer exames médicos-legais obrigatórios quando há alegações de abuso sexual. Confusa com os acontecimentos da noite em que diz ter sido drogada e violada, A. M. Lukas conta que se encontrou mais tarde com Nuno Lopes para saber o que se passou. O ator terá dito que a levou para casa e que dormiram separados. De manhã, ainda segundo A. M. Lukas, Nuno Lopes diz que ela o beijou e fizeram sexo por insistência dela.
Depois disto, alega que foi diagnosticada com síndrome pós-traumático e doença bipolar, sofreu um episódio maníaco depressivo e teve pensamentos suicidas, para além de tomar medicação anti-HIV.
Anna Martemucci (A. M. Lukas) |
Posteriormente, Nuno Lopes reagiu às acusações através de um comunicado publicado nas redes sociais: «Apesar de prezar desde sempre a minha vida pessoal e ter optado por proteger a minha privacidade ao máximo, neste caso tenho a maior vontade de vir a público esclarecer e contar a verdade sobre esta história. No entanto, e contra os meus instintos, fui veementemente instruído pelos meus advogados americanos a abster-me de revelar todos e quaisquer detalhes sobre o processo movido ontem em Nova Iorque, que contém alegações com 17 anos, do tempo em que eu era estudante de representação em N.Y. em 2006».
«Por enquanto, posso apenas dizer isto: Recentemente recebi com surpresa e choque uma carta vinda dos Estado Unidos por parte dos advogados de A. M. LUKAS, a acusar-me de ter drogado e violado A. M. LUKAS há 17 anos, pedindo-me que propusesse uma quantia monetária para este caso acabar, e um pedido de desculpas. Rejeitei ambos», prosseguiu.
«Sou moralmente e eticamente incapaz de cometer os atos de que me acusam. Jamais drogaria alguém e jamais me aproveitaria de uma pessoa incapacitada, quer por excesso de álcool ou por influência de quaisquer outras substâncias. Nem hoje nem há 17 anos. Tenho o maior respeito e solidariedade por todas as vítimas de qualquer tipo de violência», garantiu.
O ator assumiu estar de «consciência absolutamente tranquila, mas ciente das consequências gravíssimas que este caso representa. E de como a minha decisão de recusar um acordo confidencial e avançar publicamente para tribunal aporta consequências para a minha reputação quer pessoal quer profissional».
«Não obstante quero deixar bem claro que refuto todas as acusações que me são feitas, que espero que este caso seja prontamente esclarecido e julgado justamente pelas autoridades competentes e que nunca terei medo de agir judicialmente», rematou.
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