Diogo Carmona escreve «carta de suicídio metafórico»

Depois de ter acusado a própria mãe de lhe ter «roubado centenas de milhares de euros», o ator Diogo Carmona publicou uma «carta de suicídio metafórico» na sua página de Facebook. Leia, de seguida:
Esta é a minha carta de suicídio metafórico. Os motivos são vários, desde a minha trágica história de vida, que teve a sua ascensão e a sua queda (que, se continuar vivo, cairá mais), à minha indecisão/ambiguidade. Sou inteligente (às vezes nem sei se sou) e consigo ter uma opinião tão acertada e real de tudo, até que acontece o contrário. E sempre o contrário.

Estou nesta indecisão, entre estar vivo e morto, feliz ou infeliz, inteligente ou burro, feio ou bonito, e tudo isto são opostos, não são sinónimos! Não aguento esta ambiguidade! Eu vim ao mundo para repor a ordem de tudo e isso inclui conseguir a felicidade dos outros para a minha miséria. E quando nos vemos bem não nos queremos aproximar do que é menos que nós.

Cheguei a um momento em que estou em casa, deitado na cama o dia todo a pensar no que fiz, no que não fiz e no que não vou fazer, porque é isso. Estou em casa À ESPERA que me respondam de um emprego! Duma coisa qualquer! Mandei o meu currículo para call centers, para ser vigilante, para cafés, para tudo que me sentisse bem a fazer! Não há uma resposta! (Nem vou falar de televisão porque não aguento ficar em casa meses à espera dum casting que sei que não vou ficar). Deem-me uma resposta!

Sou o Diogo Carmona! Não sou o Cristiano Ronaldo, nem a Cristina Ferreira, mas sou um jovem ator de 21 anos que faz isto desde os 5! Expliquem-me. Como é que isto chegou até aqui? Têm algum plano para mim? Querem-me ver ainda pior? Estão a conseguir.

Não suporto mais ver este país a dar mais dinheiro ao ricos e menos aos pobres, é o nosso instinto, como seres, repor o que está mal! Equilibrar as coisas! Como é que põem pessoas sem experiência e com um acting TERRÍVEL na televisão?

Ao ponto de egoísmo a que o ser humano chegou! Todos atrás do mesmo dinheiro, para conseguirem a fama que não é vossa, terem o sexo que não desejam e as posses que não precisam para, no final, irem todos parar ao meu sítio, dentro dum caixão ou duma urna.

Deveriam perder noção do tempo como perdi, implorar por comida, ter como único pensamento onde é que vão passar a noite de hoje. Não se sintam agradecido por aquilo que viveram porque, de todas as pessoas que me cruzei na vida, QUASE NENHUMA dá valor a isto. Cresçam! Independentemente da vossa idade. Morram para voltar a nascer.

Não tenciono qualquer tipo de proposta de trabalho ou palmadas nas costas ou facadas porque tudo isso é inútil. Mantenham-me no meu barulho/silêncio.

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