Victor Espadinha publica carta aberta a Francisco Pinto Balsemão e José Eduardo Moniz

Na passada quarta-feira, dia 5 de junho, Victor Espadinha recorreu à sua página de Facebook para divulgar uma carta a Francisco Pinto Balsemão e José Eduardo Moniz:
Há poucos dias o grande ator Alain Delon, ao receber um prémio de carreira, disse: "Vou partir! Mas quero deixar bem claro que tudo o que sou devo ao público e a mais ninguém!" Faço minhas as suas palavras. E eu, que também vou partir, e antes que seja tarde demais, aqui publico estas duas cartas: Uma para FRANCISCO PINTO BALSEMÃO, outra para JOSÉ EDUARDO MONIZ. Falta aqui uma outra, para ANTÓNIO ALMEIDA SANTOS, que já lha entreguei, felizmente, antes de ele partir.

Meu caro FRANCISCO PINTO BALSEMÃO:
Devemos ter os dois mais ou menos a mesma idade. Devemos, ambos, estar prestes a partir. E antes que seja tarde, quero deixar-lhe aqui, publicamente, a minha gratidão, pela importância que teve na minha vida, nos anos sessenta, quando o "Diário Popular" era seu. Eu tinha chegado da guerra, depois de dois anos de prisão político-militar, por me negar a assassinar africanos em Moçambique. E, não fosse o António Almeida Santos (os generais tinham-lhe um respeito do caraças), eu tinha continuado na ilha da Xefina, dormindo em celas debaixo da terra, acartando lama como "punição", até ao 25 de Abril de 74, caso não tivessem acabado comigo. A Almeida Santos nunca lhe pude pagar a minha gratidão, pois ao sair das masmorras do Grupo de Dragões de Lourenço Marques, dirigi-me ao seu escritório de advocacia no prédio Rubi daquela cidade, para lhe agradecer o que tinha feito por mim, e ele disse-me: "Homens como você não me devem nada. Vá em paz!". Cinquenta e tal anos depois, no seu funeral, não consegui conter as lágrimas.
A si, Francisco, também sinto uma imensa gratidão. Você não teve qualquer receio do meu "curriculum" político que trazia de África, e deu-me trabalho no seu jornal, o Diário Popular", apesar de eu ter sido jornalista na Tribuna de Lourenço Marques, o diário anti-regime do António Reis. A sua frase ficou em gravada para toda a minha vida: "Começa a trabalhar amanhã!" Aliás, o Francisco foi um baluarte da liberdade. Já ninguém se lembra da chamada Ala Liberal, consigo, Sá Carneiro e mais meia dúzia de valentes que deram muita esperança aos homens e mulheres deste país que ansiavam pela liberdade. E, em 1973, a machadada, aproveitando a fingida abertura do Marcelismo, a cereja em cima do bolo: A criação do "Expresso". Eu não sou de memórias curtas, e tenho imensa pena que os jovens de hoje desconheçam o passado de Francisco Pinto Balsemão. Conhecem-no como o dono da SIC, e isso é muito pouco!
Felizmente, nos dias de hoje, a SIC voltou ao top nas audiências. A SIC atravessou um longo "purgatório" depois das saídas de Rangel, Manuel da Fonseca, Nuno Santos e outros, dando lugar a figuras dignas de pertencer a um castelo dos horrores: Teresas Guilhermes, Sobrais, Marques (este também me proibiu de trabalhar) e outros. Vá lá que o saudoso Rangel se opôs aos reality shows que, como escreveu José Cardoso Pires: "Misérias sociais em que o aspeto sexual se revela indecorosamente!".
Aceite a minha admiração, pelo menos, até ao fim dos meus dias. Obrigado por tudo. Um abraço.

JOSÉ EDUARDO MONIZ
Minha flor de estufa. Ganhaste o mais acertado epíteto que me dá vontade de rir: "Barata tonta"! Autor, Eduardo Cintra Torres, doutorado em sociologia. Espero que te tenhas divertido muito durante os últimos trinta anos a proibires os produtores que trabalham para a TVI a contratarem-me para a ficção que "diriges" (como se percebesses alguma coisa de representação de atores). Sei que o teu ADN é negares o trabalho a quem trabalha e, sobretudo àqueles e àquelas que tu não gostas. És um coitado. Lembro-me quando apareceste, vindo da RTP Açores quando "aterraste" na RTP à custa do poder político. O mesmo poder que correu da direção de programas com um homem livre, culto, impoluto, de quem todos gostavam: o Carlos Pinto Coelho. Ofereceste-lhe um "rebuçado", o "Acontece", porque ele respirava cultura, e seria um escândalo dares-lhe um pontapé no traseiro para o desemprego, sendo ele um homem de esquerda. E, imediatamente, num ápice, mais rápido do que um bólide conduzido por Hamilton, tu eras director-geral de tudo: Programas, Informação e, segundo o humor do meu querido e falecido amigo Mário Lindolfo, director-geral da cantina e wc's! E acrescentava para gáudio de todos: "Este gajo tomou conta disto por concurso público!".
Nem imaginas a figura de pateta que fazias com os teus fatos caros. Uma autêntica imagem de opereta.
Depois deste em marrar comigo. O poder político tinha proibido o Herman José de trabalhar. Ele nem sequer podia entrar na RTP! E tu, palerma e eterno vassalo, escrevias notas internas a proibir os políticos que não eram da tua cor de participarem nos programas que fazíamos, excepto, evidentemente, os autorizados por ti. Enfim, um Mussolini de trazer por casa.
Eu apresentava, naquela altura, um programa de minha autoria, do António Tavares-Teles e Solnado (o "P'ra Variar", vulgo, "Roda O Palco") e claro que convidava os políticos de todas as cores e feitios e, convidei o "proibido" Herman José! Foi um pedido que me foi feito por muita gente da cultura, entre os quais o próprio Solnado, o Sttau Monteiro e o Tavares-Teles este, felizmente ainda vivo, e que me disse na altura que eu era o único gajo com tomates para fazer entrar o Herman na RTP. Quando é para enfrentar os malvados escolhem-me sempre a mim. Recentemente no Sporting Clube de Portugal... "ai vai disto ó Evaristo!".
O Herman entrou no meu programa, evidentemente. Deves ter baixado a mona porque a liberdade vence sempre o Poder. Recebeste ordem dos teus patrões políticos e meteste o rabinho entre as pernas. É o que acontece aos que se vendem.
Repara na tua figura nos dias de hoje naquela coisa do "Deus e o Diabo". Pareces mesmo uma "barata tonta" como te apelidou o Cintra Torres. Vi uma vez aquela m... e chegou! A tua figura ridícula, um homem da tua idade, calça justinha por cima do sapato, uma perna para cada lado, as cinco cabecinhas dos dedos da mão esquerda a baterem nas cinco cabecinhas dos dedos da mão direita, e a carimbares as caras das pessoas que tu não gostas, e a cortares o pio ao pessoal que não te aguenta como foi o caso de um ex-ministro. Porque não experimentas ires de jeans com buracos nos joelhos e nas nádegas? Ficavas a parecer mais jovem e mais para a frentex! A tua sorte é teres um amigo que te atura, o Cunha Velho, e a Rosa Cullell não perceber patavina de português e ser um zero no contexto político deste país.
Acho melhor é tentares acompanhar o passo do Luís Filipe Vieira, mesmo quando ele vai à casa de banho, porque segundo as imagens de tv o teu blá blá ao seu ouvido não curte efeito. Dá-nos a impressão que o presidente do Benfica deve pensar: "O que é que este gajo quer?"
O teu nível profissional (como pessoa já há muito te topam) comparo ao Zé Cabra a cantar!
Repara o teu curriculum:
- Jornalista "independente" em estado de putrefação.
- Director de informação na TVI (quando tu e a esposa mandavam naquilo. Agora a "senhora procuradora" da SIC ataca os primos e as primas dos membros do governo!).
- Big Brother.
- On Going.
- Mordomo de Luís Filipe Vieira.
Da próxima vez que eu escrever um post estou tentado a falar sobre a morte do meu colega Nicolau Breyner. Sabes ao que me refiro não sabes, minha abécula?
Mereces um Globo de Ouro como prémio de carreira.

Comentários

  1. Dos melhores posts que li sobre este pseudo intelectual de pacotilha que dá pelo nome de Zé Eduardo Moniz.
    Completamente de acordo grande Vítor Espadinha. Que vivas muitos e bons anos. Abraço

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  2. Espetacular definição do "jornalista" mais execrável do jornalismo português, só é pena ser benfiquista (no melhor pano cai a nodoa

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  3. grande S vitor espadinha tem toda a razao do que fala sao gente que nao sabem estar na vida so querem o mal dos outros e o bem estar da familia forca

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