Vanessa Martins vence processo contra a revista TV Guia

Em agosto de 2014, Vanessa Martins encontrava-se a participar na segunda edição do programa da TVI «Dança com as Estrelas» e viu a sua vida 'virada do avesso' quando foi acusada de ter estado envolvida no negócio do corpo como acompanhante de luxo.
A mulher do pasteleiro Marco Costa desmentiu, na altura, a polémica história e avançou com um processo judicial, que apenas terminou no passado mês de junho: «Seis anos em que tive a minha vida em suspenso, a minha família atacada, trabalhos cancelados e milhares de comentários nas redes sociais, em que a palavra 'prostituta' era a mais simpática de todas as escolhidas para se referirem a mim», começou por escrever no Instagram.
«Com ajuda do meu advogado, desde o primeiro minuto, lutei na justiça para me defender, com a certeza de que tinha a verdade do meu lado e que esse artigo além de mentiroso, violava de forma gritante os deveres éticos e deontológicos do jornalismo, previstos na lei», explicou a influenciadora digital.
A ex-atriz acha «inconcebível que, ainda hoje, uma mulher não possa ter sucesso sem ser considerado que deve esse sucesso a práticas de carácter sexual» e recordou que a guerra em tribunal enfrentou «inúmeras dificuldades e tentativas para pôr fim ao processo sem uma decisão condenatória dos autores da capa e do trabalho jornalístico».
«Felizmente, ao fim de 6 anos conseguimos que o Tribunal da Relação de Lisboa, até após recurso da primeira decisão judicial, fizesse constar do Acórdão o seguinte: "De resto, não foi feita qualquer demonstração da veracidade dos factos noticiados, nem os Réus ensaiaram realmente fazê-la". São decisões dos tribunais, como esta, que acabam com comentários diminuidores das mulheres portuguesas e que reconhecem a sua efetiva capacidade de serem bem-sucedidas», revelou.
No final da publicação, Vanessa Martins mostrou o seu orgulho: «Hoje sinto que não fui só eu que ganhei. Todas as mulheres que já se sentiram atacadas por grandes grupos de media, que desistiram de fazer justiça pela demora das decisões e custos de processo, por todas as pessoas que viram as suas carreiras destruídas por mentiras na imprensa... hoje ganhámos todas».


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Passaram 6 anos desde a publicação desta capa (tv guia). Seis anos em que tive a minha vida em suspenso, a minha família atacada, trabalhos cancelados e milhares de comentários nas redes sociais, em que a palavra “prostituta” era a mais simpática de todas as escolhidas para se referirem a mim. Com ajuda do meu advogado, (@cabanas_alves) desde o primeiro minuto, lutei na justiça para me defender, com a certeza de que tinha a verdade do meu lado e que esse artigo além de mentiroso, violava de forma gritante os deveres éticos e deontológicos do jornalismo, previstos na lei. Esta capa não foi apenas negativa para mim mas igualmente para toda e qualquer mulher. É inconcebível que, ainda hoje, uma mulher não possa ter sucesso sem ser considerado que deve esse sucesso a práticas de carácter sexual. Ou porque subiu na horizontal ou porque teve o caminho facilitado por ser mulher. Uma vez mais, esta capa e a peça jornalística eternizavam esse estigma limitador da capacidade das mulheres serem bem sucedidas. Durante estes 6 anos, eu e o meu advogado, fomos confrontados com inúmeras dificuldades e tentativas para pôr fim ao processo sem uma decisão condenatória dos autores da capa e do trabalho jornalístico. Durante todo este tempo foi preciso relembrar a missão e que recorrer aos Tribunais era a única forma de repor a verdade e combater o estigma. Felizmente, ao fim de 6 anos conseguimos que o Tribunal da Relação de Lisboa, até após recurso da primeira decisão judicial, fizesse constar do Acórdão o seguinte: “De resto, não foi feita qualquer demonstração da veracidade dos factos noticiados, nem os Réus ensaiaram realmente fazê-la”. São decisões dos tribunais, como esta, que acabam com comentários diminuidores das mulheres portuguesas e que reconhecem a sua efetiva capacidade de serem bem-sucedidas. Hoje sinto que não fui só eu que ganhei. Todas as mulheres que já se sentiram atacadas por grandes grupos de media, que desistiram de fazer justiça pela demora das decisões e custos de processo, por todas as pessoas que viram as suas carreiras destruídas por mentiras na imprensa… hoje ganhamos todas.
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