«As mulheres submetam-se aos maridos»: Leitura em missa causa polémica!
A mais recente «Eucaristia Dominicial» transmitida na RTP1, na manhã do passado domingo, 22 de agosto, tem dado que falar nas redes sociais. No centro da polémica está uma leitura da epístola de São Paulo durante a missa, em direto, na Igreja de São Tomás de Aquino, em Lisboa: «Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador. Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos», refere a passagem.
Perante a controvérsia gerada, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) viu-se obrigada a reagir, reconhecendo os «ecos diversificados sobre o seu sentido e oportunidade, justamente lidas no contexto vivo e atual das perspetivas preocupantes da situação das mulheres no Afeganistão». «Tenha-se em conta que Paulo se situa no contexto legal do direito familiar romano, que concedia melhores direitos às mulheres do que a maioria das culturas da época, mas que não deixava de pôr em relevo o papel do marido como "pater familias - pai de família", como titular da família no seu conjunto e garantia dos direitos e deveres de cada um e o seu funcionamento relacional e social», explicou.
A CEP esclareceu ainda que o que «causa 'escândalo', nos dias de hoje, é o conceito de 'submissão' proposto à mulher. Não se trata, porém, de algo exclusivamente aplicada às mulheres, mas a todos». «A pergunta tem a sua razão de ser, mas é claro para a Igreja e para quem quiser interpretar textos e tradições com origem noutras culturas e noutros tempos: os textos não se mudam, mas educam-se os leitores a entendê-los e a atualizá-los», acrescentou o órgão de cúpula da Igreja Católica em Portugal.
Perante a controvérsia gerada, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) viu-se obrigada a reagir, reconhecendo os «ecos diversificados sobre o seu sentido e oportunidade, justamente lidas no contexto vivo e atual das perspetivas preocupantes da situação das mulheres no Afeganistão». «Tenha-se em conta que Paulo se situa no contexto legal do direito familiar romano, que concedia melhores direitos às mulheres do que a maioria das culturas da época, mas que não deixava de pôr em relevo o papel do marido como "pater familias - pai de família", como titular da família no seu conjunto e garantia dos direitos e deveres de cada um e o seu funcionamento relacional e social», explicou.
A CEP esclareceu ainda que o que «causa 'escândalo', nos dias de hoje, é o conceito de 'submissão' proposto à mulher. Não se trata, porém, de algo exclusivamente aplicada às mulheres, mas a todos». «A pergunta tem a sua razão de ser, mas é claro para a Igreja e para quem quiser interpretar textos e tradições com origem noutras culturas e noutros tempos: os textos não se mudam, mas educam-se os leitores a entendê-los e a atualizá-los», acrescentou o órgão de cúpula da Igreja Católica em Portugal.
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