Fátima Lopes fala sobre a sua saída da TVI: «houve um somatório de desconsiderações e desvalorizações»
Quatro meses depois de ter rescindido o seu contrato de exclusividade com a TVI, Fátima Lopes quebrou o silêncio numa entrevista à revista Sábado: «Nos dois últimos anos, não [fui feliz]. As pessoas têm de ser bem tratadas e comigo houve um somatório de desconsiderações e desvalorizações. Se eu não tivesse autoestima, se calhar ficava, mas felizmente tenho consciência do meu valor como profissional e como pessoa».
«Nos últimos anos, o meu programa [A Tarde é Sua] funcionou como uma espécie de pastilha elástica, aumentava e diminuía para tapar aqui ou ali e isso é um desrespeito por um formato que foi desenhado com características para servir um determinado público num determinado horário. Assim, não podemos concorrer com o que quer que haja noutros canais. Isto são desconsiderações. Só que o rosto era o meu. (...) O A Tarde é Sua só perdeu a liderança por isso, foi sendo alterado e empobrecido. Quando comecei a apresentá-lo, tinha condições em termos de equipa, mas com o tempo foi caindo e já não se podia fazer milagres», explicou.
A apresentadora queixou-se da situação aos responsáveis da estação de Queluz de Baixo, no entanto, «nem sempre fui ouvida ou a minha opinião não foi tida em conta». «Falei sempre com quem estava a dirigir os programas, que foram várias pessoas, e a situação manteve-se. Foi pesando... Sei a qualidade das entrevistas que faço e felizmente ninguém me beliscou na consciência que tenho do valor do meu trabalho. Mas é muito difícil trabalhar assim. Este foi um dos motivos», afirmou.
Questões financeiras também estiveram na origem da saída de Fátima Lopes: «No final de 2019, quando renegociei o meu contrato, que ia terminar, foi-me proposto um corte no ordenado na ordem dos 30% e o argumento era a frágil situação financeira da empresa. Fui solidária e aceitei, na esperança de que, quando a empresa recuperasse, me repusessem o que tinha sido cortado. A verdade é que o tempo foi passando e ninguém tocou mais no assunto».
«Quando me disseram que era importante arranjar um programa novo concordei a 100%. Mas se no meu contrato constava o programa A Tarde é Sua e se acabava, tinha de se fazer um novo contrato. Mas não se fez o que é básico: primeiro negoceiam-se as condições e só depois se anuncia publicamente. Fizeram o contrário. O que me foi proposto não tinha condições para eu aceitar e saí. Só posso dizer que representava uma vez mais um decréscimo no que estava a receber», denunciou.
Cristina Ferreira, diretora de entretenimento e ficção, ficou de fora do processo: «Nunca falei com ela, nem com ninguém (...) O meu advogado é que me representava e eu não ia fazer telefonemas paralelos à Cristina... jogo sempre limpo», garantiu.
A comunicadora referiu ainda que «o processo do Conta-me Como És não foi bonito»: «O programa saiu do ar no início de 2020. Depois, já com a equipa da Cristina, foi-me dito que voltava a ir para o ar e eu fiquei muito feliz porque o projeto nasceu comigo e tinha a minha imagem. Só que afinal disseram-me que não ia ser só eu, ia ter outros colegas da informação e do entretenimento. E recusei-me a apresentar. Chega!».
«Precisei de fazer um luto, está feito e não guardo nenhum rancor, nem à TVI nem a ninguém. A vida já me ensinou que o rancor mina e mata. Foi só um processo que não correu da melhor forma. Se me cruzar com as pessoas que lá trabalham, a todas falarei e não de forma cínica», acrescentou.
«Nos últimos anos, o meu programa [A Tarde é Sua] funcionou como uma espécie de pastilha elástica, aumentava e diminuía para tapar aqui ou ali e isso é um desrespeito por um formato que foi desenhado com características para servir um determinado público num determinado horário. Assim, não podemos concorrer com o que quer que haja noutros canais. Isto são desconsiderações. Só que o rosto era o meu. (...) O A Tarde é Sua só perdeu a liderança por isso, foi sendo alterado e empobrecido. Quando comecei a apresentá-lo, tinha condições em termos de equipa, mas com o tempo foi caindo e já não se podia fazer milagres», explicou.
A apresentadora queixou-se da situação aos responsáveis da estação de Queluz de Baixo, no entanto, «nem sempre fui ouvida ou a minha opinião não foi tida em conta». «Falei sempre com quem estava a dirigir os programas, que foram várias pessoas, e a situação manteve-se. Foi pesando... Sei a qualidade das entrevistas que faço e felizmente ninguém me beliscou na consciência que tenho do valor do meu trabalho. Mas é muito difícil trabalhar assim. Este foi um dos motivos», afirmou.
Questões financeiras também estiveram na origem da saída de Fátima Lopes: «No final de 2019, quando renegociei o meu contrato, que ia terminar, foi-me proposto um corte no ordenado na ordem dos 30% e o argumento era a frágil situação financeira da empresa. Fui solidária e aceitei, na esperança de que, quando a empresa recuperasse, me repusessem o que tinha sido cortado. A verdade é que o tempo foi passando e ninguém tocou mais no assunto».
«Quando me disseram que era importante arranjar um programa novo concordei a 100%. Mas se no meu contrato constava o programa A Tarde é Sua e se acabava, tinha de se fazer um novo contrato. Mas não se fez o que é básico: primeiro negoceiam-se as condições e só depois se anuncia publicamente. Fizeram o contrário. O que me foi proposto não tinha condições para eu aceitar e saí. Só posso dizer que representava uma vez mais um decréscimo no que estava a receber», denunciou.
Cristina Ferreira, diretora de entretenimento e ficção, ficou de fora do processo: «Nunca falei com ela, nem com ninguém (...) O meu advogado é que me representava e eu não ia fazer telefonemas paralelos à Cristina... jogo sempre limpo», garantiu.
A comunicadora referiu ainda que «o processo do Conta-me Como És não foi bonito»: «O programa saiu do ar no início de 2020. Depois, já com a equipa da Cristina, foi-me dito que voltava a ir para o ar e eu fiquei muito feliz porque o projeto nasceu comigo e tinha a minha imagem. Só que afinal disseram-me que não ia ser só eu, ia ter outros colegas da informação e do entretenimento. E recusei-me a apresentar. Chega!».
«Precisei de fazer um luto, está feito e não guardo nenhum rancor, nem à TVI nem a ninguém. A vida já me ensinou que o rancor mina e mata. Foi só um processo que não correu da melhor forma. Se me cruzar com as pessoas que lá trabalham, a todas falarei e não de forma cínica», acrescentou.
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