Quintino Aires questiona: «Será que a Ana Bola fugiu aos impostos?»


Ana Bola está a dar que falar depois do valor da sua reforma após 45 anos de profissão - 530 euros mensais - ter sido revelado no «Programa Cautelar», da RTP1.
Quintino Aires, polémico psicólogo e comentador de reality shows da TVI, comentou no Facebook: «Vamos ser claros. Segundo julgo saber, o valor das reformas é calculado pelo quanto cada pessoa declarou ter recebido do seu trabalho ao longo dos anos... A minha mãe é da mesma idade, trabalhou como "uma simples cozinheira anónima", e tem uma reforma claramente superior a esse valor. Mas declarava tudo o que recebia, claro!», começou por escrever.
«Será que a Ana Bola fugiu aos impostos, é mais um nome como os muitos que agora ouvimos nos telejornais? Mas então, e já não esperam que o Ministério Público investigue, são os próprios a incriminar-se? Uiiiiiiiii», acrescentou.
A visada respondeu diretamente na caixa de comentários: «Caro Quintino, não o imaginava tão leigo em matéria de reformas de trabalhadores precários. Muito menos, pelo pouco que conheço de si, o imaginava tão deselegante ao ponto de insinuar que uma cidadã exemplar como eu (sou mesmo) alguma vez tivesse fugido ao fisco. Vou tentar elucidá-lo, não tendo que o fazer mas gostaria que ficasse mais dentro do assunto».
«Os trabalhadores precários a recibos verdes, que sou desde que trabalho nesta profissão intermitente, têm em 90% ou mais dos casos, reformas muito parecidas com a minha, mais coisa menos coisa. E porquê? Porque nunca ganhámos fortunas (tirando nem meia dúzia de casos) e sempre descontámos o mínimo para a Segurança Social (essa sim, que nos paga as reformas). E sempre fizemos isso porque não tendo nem contratos nem trabalho assegurado, preferimos descontar o mínimo para podermos eventualmente ter uma vida mais desafogada», explicou.
«No fundo fazer o que toda a gente faz. Investir na família, numa casa confortável (nossa e do banco), poder pagar estudos aos filhos e mais tarde os netos e assegurar de alguma maneira o futuro dos nossos pais. São opções de vida (banais). Daí, quando recebemos as reformas elas serem de baixíssimos valores. Não sou caso único. O Senhor, tirou de uma frase que se limitava a criticar a falta de apoios do Ministério da Cultura a todos os artistas uma referência que só pretendia mostrar as dificuldades de quem trabalha nesta e noutras profissões relacionadas com a dita Cultura», prosseguiu.
«Foi muito deselegante e a suspeição que deixa ficar é grave. Muito grave. O Senhor não conhece a minha vida nem a da minha família, não faz a mínima ideia do que tenho ou que não tenho porque sempre tive pudor em mostrar a minha vida privada nas publicações para esse efeito. Nunca me viu queixar-me de falta de trabalho porque não é o caso. Nunca tive e não tenho falta de trabalho, felizmente. Vivo bem melhor do que muitas pessoas em Portugal. Fui e sou autora de muitas coisas que faço. Mas não vivo sozinha no mundo. E digo-lhe que a maior parte dos meus colegas atores (novos e velhos) vivem com muitas dificuldades, sem trabalho e sem apoios», lamentou.
«Espero tê-lo elucidado e espero também que não volte a fazer esse tipo de insinuações. São “não notícias” e repito, são graves e são injustas. Só para terminar. Devo dizer-lhe que fico muito feliz que a sua Mãe tenha uma reforma bastante maior que a minha. Sinceramente. Ser cozinheira é um trabalho muito mais duro e pesado do que o meu. Quanto a termos a mesma idade, presumo que a sua Mãe o tenha tido aos 19 anos o que terá feito dela uma mulher de armas. Sei o que custa porque tive um aos 20. Espero ter esclarecido as suas dúvidas quanto às minhas “putativas” dívidas ao fisco. Acredito ainda que tenha dito e escrito coisas sem pensar na gravidade do que estava a fazer. Acredito mesmo. Basta pensar. Amigos como dantes», concluiu.
Posteriormente, Ana Bola fez outro comentário: «Só mais uma coisa, caro Quintino. Eu sou completamente info excluída e não sei mexer nestas coisas, portanto só agora, depois de lhe ter respondido em função de uma noticia que li no CM [Correio da Manhã], li o seu post até ao fim. O Senhor tem a distinta lata de me comparar aos Reis dos Frangos desta vida? Aconselho-lhe um bom psicólogo. Se me quiser considerar realeza, compare-me pelo menos com as Rainhas da Comédia!».

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