Rita Lee fez profecia sobre a sua própria morte: «Nunca foi um bom exemplo»

«Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá [dinheiro], colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão "Ovelha negra", as tvs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: "Ué, pensei que a véia [velha] já tivesse morrido, kkk". Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’ ['Obrigado, Senhor, finalmente sedada', em português]», pode ler-se.
Em conclusão, Rita Lee escreveu o seu próprio epitáfio (elogio fúnebre): «Ela não foi um bom exemplo, mas era gente boa».

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