Sofia Ribeiro atacada: «Quase nada faltou para me baterem»

Esta sexta-feira, 12 de maio, Sofia Ribeiro recorreu às suas redes sociais para desabafar com os seus milhares de seguidores: «Há dias que fazem pensar que o mundo não tem remédio, que pessoas são selvagens prontas para o combate. Para agredir e ferir até de morte se tiver que ser», começou por escrever.
«Ontem [11 de maio] por causa de um lugar de estacionamento quase apanhava. Agredida verbalmente, humilhada e pouco, quase nada faltou para me agredirem fisicamente. Para me baterem! Dois senhores, com idade para serem meus pais ou avós. Porquê? Alguns de vocês provavelmente dirão: ‘Bem feito, para não teres a mania! Estavas a pedi-las! De certeza que tiveste culpa...!’. Tive! Deixei o carro por distração a travar uma passagem de saída. Pela minha vida que não me apercebi. Não vi! Quando tive noção, 20 minutos depois, prontamente tentei pedir desculpa, de mãos juntas como se estivesse a rezar, envergonhada pela situação que tinha causado tentei pedir desculpas, pedi ‘por favor deixe-me explicar’! Achando eu que explicando que não o fiz com malícia ou chica-espertice o senhor pudesse perdoar-me», prosseguiu.
«Foi um chorrilho de agressões, sem me deixarem falar, ao ponto de me abrirem a porta do carro onde me tentei fechar com medo, enquanto me ofendiam e diziam que eu ia pagar porque tinha feito perder um avião. Estávamos ambos numa consulta, foram os 20 minutos da minha desatenção que fizeram o senhor perder o avião? E ainda que assim fosse, eu assumiria as minhas responsabilidades! Mas é assim que pessoas adultas e civilizadas, resolvem as coisas? Estava sozinha, a pedir desculpa, com dois homens num parque de estacionamento a cuspirem-se, de olhos esbugalhados de tanto berrar, o mais simpático que tinham para me dizer... ‘Como mulher não vales nada!’. Soluçava e tremia num ataque de pânico, enquanto tentava chamar a polícia. Percebo em seguida que esteve sempre um outro homem a ver de dentro do seu carro, nada fez. Um retrato da sociedade podre, machista e misógina em que vivemos?», descreveu.
«No meio disto, esse terceiro homem a assistir ao espetáculo sem nada fazer, provavelmente foi sem querer, o que fez com que os outros dois machões não me batessem efetivamente. Nem sei! Pergunto, se fosse eu homem, isto teria acontecido? Estive nisto das 16:20 até às 19h. Os senhores claro que fugiram. O terceiro senhor, primeiro, negou-se a ser testemunha... ‘Essa merda não vai dar em nada!’... Pouco depois, talvez por ter pensado nas suas filhas, ou por me ver chorar, não sei, mas meteu a mão na consciência e deu os seus dados. Queixa apresentada. Tive pesadelos, estou triste, moída como se me tivessem batido de facto, meio incrédula ainda...», acrescentou.
«Uma coisa é certa, a mulher que nada vale aos olhos destes senhores, não se vai calar, nem descansar enquanto não levar os senhores até as últimas instâncias. Chamem-me ingénua, mas acredito que enquanto nós mulheres continuarmos a calar é que ‘merdas’ como esta, não darão em nada», rematou a atriz e apresentadora.

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