Catarina Urbani revela: «Estive profundamente deprimida, sozinha, desfeita em cacos»

Na passada quinta-feira, 26 de outubro, Catarina Urbani publicou um desabafo no Instagram: «Este foi realmente o ano em que fui ao fundo do poço e voltei. O ano em que tive momentos que acreditei que agora não estaria aqui a escrever-vos. Estive profundamente deprimida, sozinha, desfeita em cacos, a dormir escassas horas de sono por dia, com o coração desfeito, sonhos cortados em pedacinhos, uma desmotivação enorme apenas para viver. Considero que até 2023 não sabia verdadeiramente o que era a angústia de um luto amoroso verdadeiro. Não sabia o que era perder o propósito por conta da falta de alguém. Se pode parecer exagerado? Pode. Mas foi o que eu senti», começou por escrever.
«Passei horas deitada na cama do meu filho, em posição fetal, a tremer, sem ver uma luz ao fundo do túnel e sem saber o que fazer. Sem saber quando essa angústia iria passar e se iria passar. Estive no fundo do poço, e tirei selfies e tudo... fiz coisas das quais não me orgulho, tive pensamentos nos quais não me revejo e senti dores que eu mesma se visse de fora diria "que exagero". Não há motivo pra tanto. Era o que me diziam, e isso deixava-me ainda mais triste por eu massacrar-me por ser uma FRACA. Foi muito duro. MUITO MUITO MUITO. Não consigo escrever sobre isto sem chorar. Ainda está longe de passar e cicatrizarem de vez todas as feridas que esta fase me criou. E eu sempre dizia com um sorriso na cara “quando estou triste dá-me pra comer e comer e comer, acho chique quem fica sem fome”. Pois fiquem sabendo que depressão a sério neste corpitxo levou-me a não ligar NADA a comida. Perdi a sensação de fome e imaginar comer pra mim era algo penoso e custoso», acrescentou a ex-atriz, que participou na sexta temporada de verão da série «Morangos com Açúcar» (TVI, 2009).
«Uma coisa que eu nunca partilhei aqui foi onde me agarrei para me reerguer. Que eu tive forçosamente que me agarrar a mim, à minha força interior e ao meu amor próprio isso vocês já estão carecas de saber… mas talvez o que não saibam e que eu já contei a muita gente próxima e agora quero contar também a vocês, foi que eu agarrei-me muito à CIÊNCIA. Sim, debrucei-me a perceber o que se passava comigo bioquimicamente, para conseguir usar ferramentas inteligentes para contrariar o que o meu corpo estava a fazer. Em parte a Ciência e o gosto pela descoberta do conhecimento salvaram-me. Nós somos um algoritmo. Vale a pena entendermo-nos», rematou.

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