Renato Godinho envolvido em polémica

Renato Godinho integra o elenco da telenovela «Papel Principal», na SIC. No episódio da passada sexta-feira, 6 de outubro, a personagem interpretada pelo ator, Miguel Castilho, fez uma afirmação polémica: «Fui para o Porto comer tripas, dobrada, conviver com as pessoas do Norte, ver jogos do Futebol Clube do Porto - ou como é que se chama aquela porcaria...». As críticas não se fizeram esperar, nomeadamente, da parte de adeptos do clube azul e branco.
Renato Godinho viu-se obrigado a fazer um esclarecimento através do Instagram: «Uma telenovela é uma obra de ficção. Boa, má? Ficção. Um ator é um profissional que interpreta personagens. Bem, mal? Personagens. As coisas que são ditas pelos actores em cena, não representam o que eles pensam ou sentem, mas sim as suas personagens. Quando uma personagem diz que a sua mãe é uma bruxa e devia morrer, por exemplo, seria muito estúpido se a mãe do ator ficasse ofendida e o deserdasse. Concordamos?».
«Podemos criticar uma obra artística, sempre. Mas sempre como obra artística, não como uma coisa pessoal, real, com uma agenda subjacente. O desprezo que a personagem que interpreto na telenovela Papel Principal, na SIC, manifestou pelo Futebol Clube do Porto nem sequer tem a ver com o clube em si, mas com o futebol em geral. Até podia ter. Eu podia interpretar uma personagem que detestasse um qualquer clube de futebol. Ou um imbecil que usa as redes sociais para ameaçar um ator pelas coisas que a personagem dele diz. Também podia interpretar uma personagem dessas, mas não interpreto. Interpreto esta. Um ator cabotino que não gosta nem liga nada ao futebol e que portanto trata com desprezo tudo o que lhe diga respeito. Faz bem? Faz mal? Não é relevante para o caso. O que é relevante é: aquela pessoa não existe, assim como tudo o que ela diz», acrescentou.
«Ser feliz é tão bom. É precisamente isso que faço sempre que me desloco ao Porto (cidade que elogio de boca cheia e da qual muitos já me ouviram dizer que é onde mais gosto de fazer teatro, precisamente por causa das pessoas). Procuremos o Amor. É bem mais edificante, acreditem. (...)», rematou.


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