Micaela: «Vivemos num país de preconceitos, em que as pessoas são catalogadas de forma definitiva»

Micaela concedeu recentemente uma entrevista à revista Nova Gente sobre a sua vida e carreira e lamentou: «Vivemos num país de preconceitos, em que as pessoas são catalogadas de forma definitiva. Portanto, por mais coisas que eu faça musicalmente, serei sempre aquela que começou a chupar no dedo [referindo-se à sua música de sucesso]».
Micaela queixou-se do preconceito na indústria musical: «Eu não consigo fazer um dueto com malta da pop. Não consigo. Eu amava fazer um dueto com uma Ana Moura, e outras artistas. (...) Eu sinto-me muito bem recebida por muitos músicos pop portugueses, o problema é que os seus agentes não veem com bons olhos um dueto com uma cantora de música pimba. A indústria não deixa. Não consigo perceber».
«Sou a mulher do Chupa no Dedo. Ponto final. É muito triste. É muito triste saber que a minha música, qualquer que ela seja, não passa na Comercial, na RFM, na Antena 1 ou na Renascença. Há um estigma, um preconceito. É verdade que eu cantei o Chupa no Dedo - que ainda por cima me tornou muito popular e me deu muito dinheiro a ganhar, mas eu não sou só aquilo», acrescentou.

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