Café-restaurante de Sofia Ribeiro encerrado: «Arrastei enquanto pude»

Sofia Ribeiro decidiu aventurar-se no mundo empresarial e abriu o café-restaurante Filosofia, em Lisboa, em fevereiro de 2019. «É um sonho já muito antigo que tinha vindo a adiar porque a vida tomou outro rumo (...) mas este sonho esteve sempre aqui», disse na altura.

Três anos depois, o estabelecimento está encerrado definitivamente: «Com muita pena minha, não vai voltar a abrir. Foi um projeto ao qual me dediquei de corpo e alma. Abri o Filosofia num espaço mais pequeno, exatamente para perceber se era só um devaneio meu e se tinha ou não pernas para andar... Percebi que tinha pernas para andar. O feedback era ótimo. Tivemos muito sucesso no tempo em que estivemos abertos. Aliás, todos os dias tinha de mandar pessoas embora, à hora de almoço, porque não tinha onde as sentar. Portanto, tudo indicava que tinha pernas para andar», disse ao site SELFIE.

«Quando veio a pandemia, eu já estava à procura de um espaço maior, no Porto, para abrir. Com a graça de Deus, não me meti nisso, porque depois veio a pandemia e, como tantos outros projetos e tantos outros negócios que tinham acabado de nascer, não havia bases para manter por muito mais tempo», acrescentou a atriz e apresentadora da TVI, que contou ainda que tudo o que tinha «conseguido ganhar com o trabalho feito serviu para pagar ordenados até não poder mais».

«Eu ainda fiquei a pagar ordenados, mesmo depois das minhas obrigações, porque não conseguia deixar as pessoas. Tinham famílias, contas para pagar... Arrastei enquanto pude», garantiu. «Por um lado, o meu coração e a minha consciência estão completamente tranquilos em relação a isso. Por outro lado, o de empresária, rebentei com o fundo de maneio que tínhamos. A verdade é esta. O dinheiro não nasce das árvores. Para voltar a abrir o Filosofia, tinha de ter, pelo menos, mais um ano e meio para montar uma equipa», explicou.

Devido à «crise gigante a nível de restauração», Sofia Ribeiro confessou: «neste momento, seria um 'tiro no pé' voltar a investir e entregar a alguém para gerir, que não é a mesma coisa».