Paula Neves recorda período complicado: «Foi um choque terrível, tive um esgotamento»
Paula Neves esteve à conversa com Ana Rita Clara na TVI Ficção e abriu o coração sobre o período após o fim das gravações da telenovela «Anjo Selvagem», onde interpretou a icónica protagonista Mariana de Jesus (ou ‘Trinca Espinhas’), entre 2001 e 2003: «A ‘digestão’ da personagem foi muito dura», começou por dizer.
«Eu não me preparei para o fim. Eu estive com ela dois anos. Sem parar, sempre a gravar. Durante as noites, eu estudava texto, sonhava com ela. Eu, aos fins de semana, preparava a minha semana... Portanto, foi sem parar, mesmo sem parar. Estava exausta, estava absolutamente exausta», explicou a conceituada atriz.
«Ninguém aguenta tanto tempo àquele ritmo, a todos os níveis, emocional, cognitivo, físico. Era demais, não dava. É daquelas loucuras que tu fazes aos 20 anos e, depois, sabes que não as vais repetir porque aquilo sai-te do pelo. Era tudo muito intenso e parou. E quando pára, pára tudo! Parou tudo. Deixei de gravar, deixei de estudar, deixei de ler. Claro que continuava a dar na televisão, mas eu não via...», acrescentou.
Paula Neves contou com o apoio do marido, Ricardo Duarte: «De repente, fiquei em casa, a minha vida que andava a 250 [quilómetros] à hora passou a 0. Foi um choque horrível. Eu acho que tive um esgotamento, sem me aperceber muito bem disso. Não conseguia ler, não conseguia ver televisão, não conseguia sair de casa...».
«Foram oito meses a lidar com a falta de ritmo [das gravações], não com a morte dela [da personagem]. O luto eu não o fiz e um luto mal feito é um luto que te acompanha a vida toda», rematou.
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