Cristina Ferreira repudia polémica crónica de Alexandre Pais
Cristina Ferreira não ficou indiferente ao «execrável texto» assinado por Alexandre Pais no Correio da Manhã, intitulado «A imagem é tudo» e publicado na edição do passado sábado, 1 de abril. A crónica faz referência à «simpática mas robusta» Maria Botelho Moniz, «com tendência para aumentar de peso», e à «sua diretora [Cristina Ferreira]» que «de mangas cavas exibe os braços tomados pela flacidez do tempo e da falta de ginásio».
«O texto anterior foi escrito por um jornalista. Sim, um jornalista. Alguém que decidiu tecer considerações sobre o corpo de duas mulheres de forma abjeta e reprovável. Alguém que na imprensa escrita decide utilizar o espaço que tem humilhando duas apresentadoras de televisão pela sua condição física comparando-as até a outras duas [Catarina Furtado e Sónia Araújo]», escreveu Cristina Ferreira no InstaStory.
«Isto é inqualificável e merece, para mim, atenção judicial. O que ali está escrito é contra todas as regras do jornalismo e da empatia. A ditadura da imagem imposta ao longo de muitos anos já provocou danos suficientes em algumas mulheres para que continue a existir. Felizmente não interfere com a minha confiança mas não podendo garantir que todas as mulheres lidem com este tipo de ataques da mesma forma, repudio o texto e espero, no mínimo, que o dito jornalista se retrate, tal como a publicação onde escreve», acrescentou a apresentadora.
«Tal como o curso de ciências da comunicação que me permitiu saber, sempre, as regras pelas quais se deve pautar um jornalista. E felizmente que não fui brindada pela flacidez mental que, essa sim, nenhum ginásio consegue alterar. A imagem não é tudo», rematou.
No seu perfil das redes sociais, Cristina Ferreira afirmou: «Sou alvo todos os dias de artigos, opiniões, crónicas, humor, desamor, estudos e notícias. Não me calarei sempre que o sinta um tema geral da sociedade e que me agrida não só a mim mas às mulheres em geral. A impunidade sentida nos tempos que correm não me fazem vislumbrar um futuro risonho. Há 24 anos que me formei em ciências da comunicação e nunca, até hoje, me esqueci das regras básicas de um jornalista. Também tive sorte de ser bem educada pelos meus pais. Que ninguém tape os braços. Mas que se calem algumas bocas».
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