Maria Botelho Moniz comenta crónica de Alexandre Pais: «Senti-me humilhada»

Maria Botelho Moniz foi convidada do programa «Goucha» (TVI) do passado dia 4 de abril, na sequência de uma polémica crónica de Alexandre Pais, publicado no Correio da Manhã, que atenta contra a sua forma física e de Cristina Ferreira«O que mais me doeu foi ele escrever que eu desrespeito o meu público pela forma como me apresento. (...) Eu sou muito alta, eu tenho ombros de nadadora olímpica e tenho rabo de Kardashian. Está tudo bem, eu lido bem com isso, uns dias melhor, outros dias pior, mas eu não preciso que um homem que tem idade para ser meu pai me diga isso», começou por dizer.
«Eu não conheço [Alexandre País], sei do seu trabalho porque vou acompanhando imprensa. Aquilo que eu não entendo é o porquê. Parece-me gratuito e não parece ter um objetivo aquilo que é escrito. Qual é o objetivo? É humilhar-me? Senti-me [humilhada]», confessou a apresentadora.
«Há 18 anos que eu leio coisas destas. Eu já tive menos 5, menos 10, menos 15, menos 20 quilos... foi sempre posta em causa a minha imagem, nunca foi posto em causa o meu talento e o meu profissionalismo e é esse que devia estar em análise. (…) Eu já estou a ficar habituada e isso não é certo, não é certo que eu me conforme que dia sim, dia não, saia qualquer coisa sobre a minha imagem», acrescentou.
«Eu sempre tive um corpo de atleta. Quando comecei a trabalhar em televisão, foi com esse corpinho ainda de atleta, porque vinha dos Estados Unidos onde dançava quatro horas por dia, portanto, vinha impecável. E entrei no mundo da televisão, ora com este ritmo de trabalho que nós temos, a alimentação deixou de ser a mesma, as idas ao ginásio, aos treinos deixaram de ser os mesmos, eu comecei a ficar mais velha também, as hormonas são uma 'gaita' e fui florescendo noutro sentido. Se isso me incomoda? Às vezes, sim. Outros dias é-me completamente indiferente», explicou.
«Ninguém é público o suficiente para ser humilhado desta forma. Ninguém! Isto é tão injusto e é pura maldade. E qual é o objetivo? É o quê? É fragilizar-me? (...) A televisão é imagem, eu não vou fugir disso, não posso dizer o contrário, mas é também conteúdo. (...) Eu nunca estou bem vestida, hoje há quem vá adorar este fato azul, há quem vá detestar este fato azul. O que me incomoda é a necessidade de expressar o não gostar de alguma coisa. Porque se eu não gosto, passo em frente», lamentou.
«Eu não visto um 34, não visto sequer um 36, neste momento um 38 não me serve. Eu preciso de seis looks por semana porque faço seis programas por semana, nós utilizamos muita roupa todas as semanas, não há loja e não há marca que tenha saída para tanta roupa e tanta rodagem de roupa. Não há muitas vezes o meu tamanho, porque são tamanhos que são feitos em menos quantidade, apesar da maior parte das mulheres não vestir o 36. Portanto, é muito mais difícil encontrar roupa que me fique impecável do que para alguém que vista o 36», acrescentou.
Em lágrimas, Maria Botelho Moniz apelou: «O meu valor não tem a ver com o número da etiqueta das minhas calças. Parem, parem». «Estou cansada, estou mesmo cansada», desabafou.

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