Mariana Mortágua assume homossexualidade

Na passada segunda-feira, 24 de abril, Mariana Mortágua fez um comunicado durante o programa «Linhas Vermelhas», em direto na SIC Notícias. «No último ano, se tanto, foram movidas três ações judiciais contra mim. Uma por Marco Galinha, dono do Jornal de Notícias e da TSF, porque identifiquei o seu sogro e sócio como sendo um oligarca russo, e duas outras ações por um membro destacado do Chega que, aliás, como curiosidade, convoca Marco Galinha como testemunha de acusação nestes processos», começou por dizer.
«Ambos estes processos foram arquivados, o último arquivamento ocorreu na sexta-feira passada [21 de abril]. Estes processos têm um intuito muito claro, que é o desgate público e político, quanto mais não seja porque, no decorrer destes processos, a comunicação social vai dando nota que eles acontecem, mesmo que o seu desfecho seja o arquivamento», prosseguiu. «E eu sei que este tipo de pressão e de perseguição política vai continuar e vai, até, subir de tom e subir de nível», antecipou a deputada e candidata à liderança do Bloco de Esquerda.
«Seja porque sou mulher, seja porque sou de esquerda, seja porque sou uma mulher lésbica, seja porque sou filha de um resistente antifascista [Camilo Mortágua], com um passado e uma importante história, seja porque, aparentemente, tenho o dom de incomodar algumas pessoas com muito poder», explicou. «E eu sei que, infelizmente, nos dias que correm, para algumas pessoas vale tudo na política», lamentou.
«E, portanto, a mim resta-me e acho que devo dizer que estou preparada para tudo. Vou continuar a ser quem sou e a fazer exatamente o meu trabalho como tenho feito até aqui», rematou.

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