Carlos Cruz critica Isabel Silva: «Caiu na asneira de querer ter o papel principal»
Isabel Silva conduz o novo programa da RTP1, «Estrelas ao Sábado», que estreou no passado dia 25 de março. A apresentadora foi alvo de críticas por parte de Carlos Cruz, no âmbito da sua crónica no jornal semanal Tal & Qual.
«Confesso que por vezes tenho uma dúvida quando leio a expressão "música popular portuguesa". Será que nela cabe toda música feita por artistas portugueses? Para facilidade de raciocínio admitamos que sim. A RTP1 tem agora um programa, 'Artistas ao Sábado', que é um 'talent show' de "música popular portuguesa". Goste-se ou não, o programa tem uma virtude: não é a repetição dos mesmos artistas e músicas que estão sempre nos programas de fim de semana e onde repetem as mesmas canções», começou por escrever.
«Isabel Silva, que esteve longe da televisão durante uma larga temporada, apresenta o novo programa. Mas caiu na asneira de querer ter o 'papel principal' que, como é lógico, pertence aos artistas. Pareceu que queria fazer numa tarde tudo o que lhe faltou fazer durante meses. Exagerou em tudo o que fez, desde a voz até a um histrionismo irritante, prejudicando as qualidades que de facto tem, mas de que se esqueceu na estreia deste programa. Fez a festa, deitou os foguetes e apanhou as canas. Só faltou, mesmo, fazer o pino. Não é esta a imagem, muito boa, que tinha no passado», acrescentou.
«Os apreciadores dos tipos de música apresentados vêem o programa com agrado. Tem um problema: muito longo o tempo para a votação, obrigando a várias repetições de excertos das atuações, que chegam a ser cansativas para os espectadores que esperam pelo resultado e que podem, por cansaço da espera, mudar de canal. A ideia de o cenário sugerir uma guitarra deixa uma longa 'passerelle' sem qualquer utilização, marcando uma distância exagerada entre os artistas e o júri. A votação em cinco concorrentes, para depois afastar um, não se compreende a não ser para atingir o número de quatro, divisível por dois, para o público votar num par e o júri escolher os outros dois. Enfim! São critérios», rematou o antigo apresentador.
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