Pedro Crispim insultado por concorrentes do «Big Brother - Duplo Impacto»


Na tarde do passado sábado, 9 de janeiro, os concorrentes do «Big Brother - Duplo Impacto» jogaram um desafio lançado pelo 'Big': tiveram de adivinhar vários nomes escolhidos por um dos concorrentes e o de Pedro Crispim surgiu.
Helena Isabel Patrício pediu pistas aos colegas: «É homem?», começou por perguntar. «É... é... tem dias», respondeu Joana Diniz, numa referência à sua homossexualidade. Teresa Silva e Rui Pedro Figueiredo juntaram-se e proferiram vários comentários: «Parece um canário», «Fala que nem um papagaio mas não diz nada», «Acha-se uma estrela», «É ressabiado» ou «Rapa o peito».
Depois de descobrir de quem se tratava, a vencedora da «Casa dos Segredos 6» afirmou: «Acho que é um homem bonito, mas aquilo que diz e tudo mais, transforma-o numa pessoa feia».
O visado não demorou a reagir através da rede social Twitter: «Quando assisti ao vídeo, não fiquei admirado, acho que era previsível o rumo... Mas hoje senti pena daquelas pessoas. A dor identifica e procura conforto na dor do outro. E dentro da casa existe gente muito magoada com as suas vidas, com a sua realidade e pior, consigo!», começou por escrever.
«Cresci chegando aos 106kg com 16 anos. Partilhei os meu dias com o preconceito, fiz o meu caminho tendo estes comentários e muitos outros como barulho de fundo, a cada passo, a cada gesto ou palavra. Nunca perdi o foco, e os meus sonhos foram sempre mais fortes e sólidos que o medo que pudesse eventualmente sentir, tornando-me resiliente e levando comigo somente aquilo que me acrescenta, mas nem todos o conseguem fazer. Lamento que com tudo o que está a acontecer no Mundo, continuem a existir gestos, palavras, olhares e expressões preconceituosas a ver a luz do dia. Dececionado ao se continuar a utilizar a sexualidade como arma para tentar atacar ou rebaixar alguém. Triste não por mim, mas acima de tudo, assusta-me que isto aconteça diante dos olhos daqueles que serão o futuro deste país, o meu sobrinho e outras tantas crianças e jovens, que poderão ser influenciados e outros tantos, que irão sentir essa violência na pele sendo os mesmos gays ou tendo algum complexo ou insegurança. Lamento que estas palavras e atitudes tenham a televisão como montra, sendo o seu volume e impacto ainda maior. No final de contas cada um acrescenta aquilo que consegue, nada mais!», argumentou num longo texto.

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