Judite Sousa afirma ter sido vítima de bullying na CNN Portugal
Na mesma entrevista, a pivô revelou que foi «alvo de bullying»: «Claro que fui. Desde o primeiro dia. E, contrariamente àquilo que a empresa disse no comunicado, a empresa não me protegeu. Tinha a obrigação de proteger-me, até pelo meu passado e pelas minhas circunstâncias pessoais».
Judite Sousa alega que o bullying começou «uma semana antes de 22 de novembro de 2021 [dia do arranque da CNN Portugal], quando surgiram notícias, que qualquer pessoa do nosso meio percebe de onde saíram, a dizer que o meu contrato de trabalho estava fechado a sete chaves e que estava a causar um grande mal-estar na redação da TVI».
«Não havia contrato de trabalho algum! Essa notícia procurou desestabilizar-me emocionalmente. Foi uma notícia perversa! A empresa, se me protegesse, teria feito um comunicado já que gosta muito de fazer comunicados - a dizer que ainda não havia qualquer contrato e que, portanto, era falso. Mas não foi só essa notícia que saiu. No dia em que abri as emissões da CNN Portugal, saiu outra a dizer que eu não teria dito "boa noite" e que os meus colegas não me perdoavam por isso. Acontece que eu disse "boa noite". Basta ir ver a gravação», acrescentou.
A jornalista acredita que essas notícias foram plantadas por alguém da Media Capital e confessou ter existido «muitas situações» de bullying, «desde logo ter ido para a Ucrânia sem que a empresa me tivesse colocado no bolso algum dinheiro ucraniano»: «Durante duas semanas, tive de pedir ao repórter de imagem para me pagar o café, a água, o almoço ou o jantar! O bullying é crime!».
«Há uma situação que merece ser denunciada: infelizmente, para desgraça de muitos, o crime de bullying está contemplado no artigo 29 do Código de Trabalho, mas não contempla os trabalhadores a recibos verdes. É uma grande lacuna na legislação laboral!», lamentou.
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