Margarida Corceiro envolvida em polémica após divulgação de alegada fotografia íntima

Margarida Corceiro está a dar que falar nas redes sociais e na imprensa nacional desde a passada segunda-feira, 21 de março. Em causa está uma fotografia íntima, alegadamente da atriz, que começou a circular e onde vê-se uma jovem nua numa casa de banho, mas de cara tapada pelo telemóvel, de acordo com o Correio da Manhã.
Segundo um texto divulgado por pessoas próximas de Margarida Corceiro, no Twitter, a imagem foi difundida por um ex-namorado, mas o acusado já se veio defender: «Já tive a oportunidade de lhe dizer que nada tenho a haver com a publicação dessa foto. Ela conhece-me e devia saber que eu jamais publicaria algo para prejudicá-la».
Depois de dois dias em silêncio, Margarida Corceiro reagiu em comunicado: «Voltar aqui, depois de tudo o que se tem dito sobre mim e sobre a minha imagem, não é fácil, mas cá estou. As redes sociais têm o bom da partilha positiva e a fragilidade da partilha negativa. Que sirva de ponto final para outros casos e que vos ajude a perceber a gravidade da situação. Quero que imaginem. Quero que calcem os meus sapatos – meus e de todas as pessoas a quem isto já aconteceu. Imaginem estar tranquilos na vossa casa ou no vosso trabalho e encontrarem uma imagem. Que dizem ser vossa, a circular na Internet, milhões de comentários especulativos, milhares de mensagens, telefonemas sem parar e o mais difícil é verem todos os vossos amigos e família a ter que lidar com tudo o que vai saindo sobre vocês. Imaginem vir nas capas dos jornais, das revistas, aparecer como destaque de sites, ser tendência numa rede social, por motivos completamente alheios à vossa vontade. O meu telefone parou e eu parei com ele. Mesmo estando habituada a ter o meu nome “a concurso” e dezenas de mentiras diárias a circular sobre mim – que algumas até me fazem rir muito – desta vez não deu para rir».
«E sabem porquê? Porque eu tenho a sorte de ter uma estrutura familiar coesa, amigos presentes e profissionais que me acompanham e ajudam a lidar com a situação. Mas há centenas de pessoas que não têm. Garanto-vos que não me ri com as mensagens que recebi de pessoas com histórias semelhantes e que, por isso, só queriam desaparecer e pôr termo à vida. não me ri com histórias de pessoas que acabaram mesmo por fazê-lo por verem a sua intimidade completamente violada e repartilhada, vezes e vezes sem conta. Recordo, tudo porque alguém decidiu fazer uma partilha. Somos assim tão pequeninos para precisarmos de devassa, partilha, escrutínio e julgamento? Somos assim tão fracos para não conseguirmos acabar com o ‘olha aqui o que me enviaram’? Garanto-vos que deste lado fiquei muito surpreendida, pela negativa, por saber que dar corpo a um monstro está nas nossas mãos e que, muitos, escolhem alimentá-lo e continuar a corrente sem nunca pensar no impacto que pode estar a ter na vida de alguém», acrescentou.
«Que esta minha partilha ajude a refletir sobre este tema e que permita que as centenas de pessoas a quem isto já aconteceu, sobretudo mulheres, possam ser percebidas e não julgadas. E, lembrem-se, agora foi comigo, amanhã pode ser convosco ou com alguém que vos é muito próximo. Termino a agradecer-vos todo o apoio que me foi chegando nestes dias direta ou indiretamente. Tenho muita sorte em estar tão bem acompanhada, senti todo o vosso apoio e li cada uma das vossas mensagens. Muito obrigada!», rematou.

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