Sónia Araújo chora a morte do avô paterno
Depois de quase uma semana ausente das suas redes sociais, Sónia Araújo quebrou o silêncio na tarde deste domingo, 13 de março. «Há uns dias que não venho aqui... Porque não tenho vontade», começou por escrever.
«O meu avô paterno (o último avó resistente), partiu esta semana. Mas hoje tive necessidade de vos falar, de partilhar estes dias vazios. A par dos dias muito escuros que todos temos assistido, a pensar nas inúmeras famílias separadas pela guerra, no mal que nos sentimos por termos uma vida confortável, por pensarmos nos nossos problemas quando bem perto há quem lute pela vida», revelou.
«O meu avô, tal como muitos portugueses, emigrou para França na busca de uma vida melhor, teve vários ofícios e muito habilidoso para “quase” tudo (a sua vida dava uma boa história). O nosso convívio foi sempre alternando entre férias, seguidas de longos interregnos, mas sempre mantendo contacto. Quis o destino e a sua vontade que voltasse para Portugal nos últimos anos e foi aqui que retomámos a nossa vivência, ele criou laços com os bisnetos e nós apaziguados porque o tínhamos perto e assim podíamos tomar conta dele. O seu feitio determinado, nem sempre fácil de conciliar, mas sempre espirituoso, bom conversador e humorado a ninguém foi indiferente», acrescentou.
«Não posso deixar de pensar que foram 96 anos muito vividos, com altos e baixos, com alegrias e revezes, mas uma vida longa e preenchida. Porém, chega uma altura que temos que aceitar a despedida e ficar com a “parte boa” daquela parte de nós. Sempre tive nos meus avós uma referência imensa de vida até hoje e que vai perdurar nos meus filhos. Aproveitem os vossos, cuidem, abracem, amem muito», rematou.
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