Maria Vieira vetada da nova telenovela da Globo
Na passada terça-feira, 14 de junho, Maria Vieira usou a sua conta no Facebook para «denunciar publicamente um novo caso em que eu, na minha condição de atriz, terei sido mais uma vez alvo de perseguição, de discriminação e de cancelamento por parte do sistema que regula e domina as contratações levadas a cabo na televisão e no mundo artístico».
«No início do passado mês de maio fui contactada por uma produtora da TV Globo para integrar o elenco de mais uma novela da emissora brasileira, no caso a próxima novela das 9, intitulada “A Travessia”, da autoria de Glória Perez, que vai ser dirigida pelo Mauro Mendonça Filho, realizador da primeira novela que eu fiz na Globo em 2008/09 – “Negócio da China”. A novela arrancará aqui em Portugal e terá (ou teria) a participação de uma atriz portuguesa que no caso seria eu, por indicação do próprio diretor», começou por explicar.
«É claro que eu aceitei de imediato porque o projecto me pareceu interessante, porque tenho uma grande admiração pelo Mauro Mendonça e pela Gloria Perez e porque como toda a gente sabe eu amo o Brasil e adoro viver e trabalhar por lá, como de resto fiz regularmente entre 2008 e 2018. Ficou acordado com a produtora brasileira que eu iria dar início ao processo para a obtenção do meu visto de trabalho no consulado brasileiro em Lisboa (como de resto sempre faço quando vou trabalhar no Brasil) e passados 2 ou 3 dias fui contactada pela Leonor Coelho que é diretora da produtora portuguesa – «Blanche Filmes» – que vai colaborar com a Globo durante as gravações que irão decorrer no nosso país e que também me confirmou o interesse da emissora na minha contratação», prosseguiu.
«Entretanto os dias passaram e voltei a contactar a produtora da Globo para obter alguns esclarecimentos, mas como notei alguma displicência da parte da mesma resolvi entrar em contacto com o Mauro Mendonça Filho para saber em que ponto estavam as coisas, e qual não é o meu espanto quando o Mauro me informa que de facto eu fui a sua primeira escolha para o personagem mas que entretanto teria sido feita outra opção que também depende da decisão da empresa e que lamentava ter que ser ele a dar-me essa notícia e que me admirava muito, enfim, todas essas coisas que se dizem quando a pessoa verifica que foi ultrapassada pelas decisões que vêm de cima...», acrescentou.
Perante este cenário, a atriz tem as suas suspeitas: «Não sei quem, na Globo, decidiu impedir a minha contratação. Não sei se a SIC, ao saber do interesse da emissora brasileira, tentou travar a mesma como já fez no passado, quando tentou impedir (sem sucesso) que eu, o Joaquim Monchique e a Carla Andrino fossemos contratados, ao mesmo tempo que impingia os seus próprios actores, que de resto foram recusados pelo Miguel Falabella, mas o que eu sei é que desta vez alguém «trabalhou» nos bastidores para me impedir de integrar o elenco da novela da Gloria Perez e depois de eu ter sido instruída para iniciar o processo de contratação é legítimo depreender que o facto de eu ser uma atriz conservadora e de Direita e de ser apoiante do presidente Jair Bolsonaro e Deputada Municipal do CHEGA terá sido o único motivo pelo qual eu fui afastada do elenco daquela que seria a minha 4ª novela na TV Globo!».
«Resolvi denunciar esta situação porque a perseguição e o cancelamento profissional que me são movidos se vêm adensando a cada dia que passa e também porque soube que a minha colega e amiga brasileira – a atriz Elizângela – que no caso foi escolhida pela própria Gloria Perez para fazer parte do elenco da mesma novela, terá sido coagida a tomar a «injeção» contra a «covidagem» para poder integrar o elenco da mesma e tendo em conta que este tipo de decisões e ações ditatoriais são lamentáveis e absolutamente vergonhosas, não hesitei em trazer a público este caso porque é fundamental que o público saiba o que se está a passar no mundo artístico (quer em Portugal, quer no Brasil) e que tome conhecimento das injustiças que estão sendo cometidas em nome do socialismo, do globalismo e do politicamente-correcto», explicou.
«Termino informando que guardei os registos de todos os contactos que foram feitos com a produtora brasileira, com a produtora portuguesa e com o diretor Mauro Mendonça Filho para que ninguém (inclusive os “media” que passam o tempo a perseguir-me e a ostracizar-me) possa dizer mais tarde que eu inventei este lamentável episódio e aproveito para dizer que apesar de me sentir injustiçada neste processo não estou minimamente deprimida com o que sucedeu porque graças a Deus vivo como quero, só faço aquilo que me dá prazer e não devo nada a ninguém», rematou.
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