Fátima Lopes sem rodeios: «Recuso-me a conversar enquanto fazem uso do telefone»

«A ameaça do telemóvel». Fátima Lopes publicou recentemente um texto no seu blog Simply Flow sobre um dos maiores desafios da sociedade atual. «O telemóvel chegou de mansinho às nossas vidas, teoricamente para podermos fazer e receber chamadas telefónicas em qualquer lado, sem estarmos dependentes de uma rede fixa. Trazia um bónus que era podermos enviar e receber mensagens. Até aqui tudo bem. O que se passou com o andar do tempo é que este aparelho foi ganhando cada vez mais funcionalidades e capacidades, que foram roubando tempo da nossa vida», começou por escrever.
«Se por um lado conseguimos apurar em segundos, as informações que precisamos e com isto ganhamos tempo em ações, decisões, trabalhos, trajetos e um mundo de outras coisas, por outro, fomo-nos tornando dependentes do telemóvel, até em situações de que não precisamos. E é aí que surge a ameaça», prosseguiu a apresentadora da SIC.
«Por exemplo, porque é que à mesa do restaurante, quando estamos com a família, os amigos ou o namorado, temos de guardar lugar também para o telemóvel? Se repararem, é raro encontrar num restaurante, elementos a uma mesa, que não estejam ao telefone. Às vezes são mesas de 10 pessoas e as 10 estão ao telefone. Pergunto então, porque vieram jantar juntas? O melhor era terem ficado em casa, a jantar apenas com os seus. No mínimo, poupavam dinheiro. Jantares românticos com as duas pessoas ao telefone, simplesmente a fazer scroll e a bisbilhotar as redes sociais, também é uma moda. De novo, pergunto: porque é que foram jantar fora? Se a ideia era jantar a dois, assumam que jantaram a três», argumentou.
Fátima Lopes acabou por revelar: «Em minha casa não há telemóveis à mesa nem onde estamos a fazer a refeição, para não sermos incomodados. Se estamos a ver um filme ou a fazer uma actividade juntos, estamos a ver um filme ou a fazer essa atividade. Ponto. Não há telefones pelo meio. Recuso-me a conversar enquanto fazem uso do telefone. Se estou a falar, gosto que olhem para mim e assegurem que me estão a ouvir».
«Em muitas famílias o telemóvel é uma adição e afetou brutalmente a capacidade de comunicarem e fazerem coisas juntas. Se isto não é uma ameaça à forma como nos relacionarmos e vivemos, então é o quê?», rematou.

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